Hoje, vou contar uma história sobre Bullying. Tema muito
debatido nos nossos dias, mas, infelizmente, os seus resultados estão à quem de
ser resolvidos.
É uma história verídica. Por favor, leia até ao fim...
Maria era uma menina de oito anos, que na década de 60
viajou com os seus pais e irmão para um país distante, em busca de melhores
condições de vida.
A viagem fez-se num enorme paquete durante nove dias
intermináveis.
Maria sentia-se feliz e deslumbrada com tanta novidade,
quase como, se de um conto de fadas se tratasse.
Tudo decorria às mil maravilhas, não fora uma árdua e longa
viagem de comboio que haveria de fazer com a sua família ao chegar ao porto do
Lobito.
Chegados ao destino, foram bem recebidos e logo acomodados.
Seu pai era funcionário público. Era uma pessoa gentil, mas
um pouco austero, como a sua profissão assim o exigia.
Sua mãe era uma mulher doce e afável.
Maria foi muito acarinhada na escola, pela professora e
alunos.
Logo ali se criaram laços de amizade para a vida.
Maria era boa aluna e chegou à altura de ir para o liceu,
que ainda ficava a uns km de distância.
Maria era uma miúda normal, mas, com o clima, desenvolveu
muito e atingiu excesso de peso.
No Liceu começou o seu martírio. Os rapazes insultavam-na e
humilhavam-na.
Maria tornou-se uma adolescente muito tímida, revoltada e
com baixa auto-estima.
Naquela época,não havia sanções para os humilhantes.
Entretanto, a mãe de Maria adoeceu e faleceu. Era uma jovem
de 41 anos.
Maria tinha, nessa altura, 14 anos e a sua vida mudou
radicalmente.
Seu pai optou por interná-la num Colégio de Freiras, pois
assim, sentiria que ela estaria mais protegida.
A sua adaptação ao Colégio não foi muito difícil. E logo
criou muitas amizades para a vida.
Maria modificou muito a sua silhueta. Perdera 10 kg e
tornara-se numa bela miúda de cabelos compridos.
Mas, mesmo assim, quando saía do Colégio era apupada e
humilhada.
Tornou-se mulher, mas continuou sempre com aquele ar de
timidez e fragilidade.
Maria lidou muitas vezes, com casos como o dela, entre os
alunos.
Maria tornou-se professora e partilhava a sua história com
eles.
Serviu de exemplo, para explicar aos alunos, o sentido da
palavra Bullying.
São marcas que ficam para toda a vida!